quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Joguinhos do Facebook causam novas dores de cabeça para donos de firmas


Funcionários "esquecem" do trabalho e se concentram em jogos na internet

ReproduçãoFoto por Reprodução
Jogo FarmVille, que transforma internauta em fazendeiro virtual, é uma das febres do Facebook e
pode causar problemas de produtividade no trabalho
Para muitos empregadores, Facebook, MySpace e outras redes sociais são uma dor de cabeça, já que tiram a produtividade dos funcionários durante o expediente. Agora eles têm algo mais com que se preocupar: os jogos que esses sites oferecem. Esse novo gênero de jogos sociais permite que as pessoas joguem com os amigos sem que todos precisem estar online ao mesmo tempo. O envolvimento de baixa intensidade necessário para usar esses aplicativos fez com que jogos como FarmVille, Cafe World, Restaurant City, Pet Society e Happy Aquarium ganhassem popularidade entre os trabalhadores, que muitas vezes se conectam para jogá-los durante o expediente.
De acordo com uma recente pesquisa conduzida pela Associated Chambers of Commerce and Industry of India, cerca de 12,5% da produtividade do setor empresarial é desviada a cada dia para atividades nas redes sociais. Rebecca Wettermann, da consultoria Nucleus Research, diz que é provável que as empresas tenham de "contra atacar".
– O que estamos vendo são mais e mais pessoas e organizações que reconhecem a perda de produtividade. Com isso, provavelmente mais bloqueios de aplicativos do Facebook por ordem dos executivos de informática serão vistos.
A Nucleus Research conduziu um estudo recente sobre os efeitos das redes sociais sobre a produtividade no ambiente profissional. O levantamento constatou que cerca de metade dos funcionários de escritório dos Estados Unidos visitam sites de redes sociais no horário de trabalho, o que resulta em uma perda média de 1,5% da produtividade total do escritório.
O Facebook, que conta com 350 milhões de usuários no mundo, diz que pelo menos 20% de seus membros jogam online. Sebastien de Halleux, presidente-executivo e co-fundador da Playfish, uma produtora de jogos online, diz que o crescimento na Ásia é mais rápido que em outras regiões.

– Não tínhamos ideia de que a difusão seria tão rápida. Quando conquistamos 100 mil usuários mensais, achávamos que aquilo fosse o auge do sucesso. Agora, com 60 milhões de usuários, achamos que estamos apenas no começo de algo muito maior.

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